Quem diria que existe um céu azul.

13 de março de 2014

   



     Havia uma paisagem cinzenta; meio sem cor, apenas concreto, as cores em destaque ali era as do farol que mesmo assim eram tão monótonas e sem vida alguma, haviam motoristas estressados e um tanto impacientes, e um trânsito que decorria por alguns quilômetros, nada para se prestar atenção, á não ser as buzinas irritantes ou o rádio ligado em uma estação qualquer.
     E dentro de um daqueles carros com o rádio ligado, nunca foi de se esperar, que alguém em meio daquele transtorno, fosse indiferente de tudo e através da janela do carro olhasse as nuvens procurando identificar alguma forma familiar, nuvens que lembrassem elefantes, palhaços ou dragões, então á criança sorria.

     Havia também um céu azul, dando fundo aquelas belas imagens simplistas, e nessa metrópole existe um céu azul; uma incrível imensidão azul, que é lindo de se ver; o olhar da criança brilha, e então algumas coisas antes ofuscadas pela pressa do dia-a-dia começam a se destacar naquela paisagem cinzenta, de repente uma borboleta tem seu voo observado, um casal de idosos á caminhar de mão dadas indiferentes da pressa ganha um observador, os grafites parecem ganhar mais cor; buscando chamar atenção para sua mensagem crítica, coisas ofuscadas pela pressa, mas que sempre estiveram e estarão lá, basta ter alguém que queira ver.

     Uma sensação boa renasceu, tomou conta da criança, e a fez sorrir, sorria tão bobamente; outra coisa linda de se ver, uma das maravilhas do mundo deveria ser o sorriso, principalmente quando ele é dado pelas coisas certas; pensava á criança.
     Em sua imaginação as coisas mais simplistas acabavam se tornando as coisas mais belas, só que a pressa, intolerância e a mídia deram um novo sentido á algo belo; isso é deprimente.

     Sempre terá um céu azul para alguém, basta apenas querer e não ter pressa de vê-lo, as coisas mais belas não saem de fábricas, não podem ser compradas; ou comercializadas, há uns que dizem que dinheiro traz felicidade, outros dizem que não, sou dessa porcentagem que diz que dinheiro não traz felicidade, pois aquela criança sorriu sem precisar possuir nada, ela apenas resolveu observar ao seu redor percebendo que as coisas não eram tão cinzas, e posso contar-lhe uma coisa, não era uma criança, pelo menos não fisicamente.

     Digamos que todos nós temos um Peter Pan dentro de nós e temos diferentes maneiras de libertá-lo. 

By M. Rodri

3 comentários:

  1. Amei o texto.
    Muito lindo
    Sigo de volta
    http://surejustnot.blogspot.com.br/

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  2. Eu achei tão... Bonito. Peço desculpas a pergunta,mas quem seria M. Rodri? Por que, fiquei curiosa...
    Beijos linda
    sombradosdezoito.blogspot.com

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  3. Amanda, a M. Rodri é a autora do texto e colaborado aqui do blog. Ela já se apresentou por aqui...
    Fico feliz que tenham gostado da estreia dela.
    Voltem sempre.
    Beijos.

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