Havia uma paisagem cinzenta; meio sem cor, apenas concreto,
as cores em destaque ali era as do farol que mesmo assim eram tão monótonas e
sem vida alguma, haviam motoristas estressados e um tanto impacientes, e um
trânsito que decorria por alguns quilômetros, nada para se prestar atenção, á
não ser as buzinas irritantes ou o rádio ligado em uma estação qualquer.
E dentro de um daqueles carros com o rádio ligado, nunca foi
de se esperar, que alguém em meio daquele transtorno, fosse indiferente de tudo
e através da janela do carro olhasse as nuvens procurando identificar alguma
forma familiar, nuvens que lembrassem elefantes, palhaços ou dragões, então á
criança sorria.
Havia também um céu azul, dando fundo aquelas belas imagens
simplistas, e nessa metrópole existe um céu azul; uma incrível imensidão azul,
que é lindo de se ver; o olhar da criança brilha, e então algumas coisas antes
ofuscadas pela pressa do dia-a-dia começam a se destacar naquela paisagem
cinzenta, de repente uma borboleta tem seu voo observado, um casal de idosos á
caminhar de mão dadas indiferentes da pressa ganha um observador, os grafites
parecem ganhar mais cor; buscando chamar atenção para sua mensagem crítica,
coisas ofuscadas pela pressa, mas que sempre estiveram e estarão lá, basta ter
alguém que queira ver.
Uma sensação boa renasceu, tomou conta da criança, e a fez
sorrir, sorria tão bobamente; outra coisa linda de se ver, uma das maravilhas
do mundo deveria ser o sorriso, principalmente quando ele é dado pelas coisas
certas; pensava á criança.
Em sua imaginação as coisas mais simplistas acabavam se
tornando as coisas mais belas, só que a pressa, intolerância e a mídia deram um
novo sentido á algo belo; isso é deprimente.
Sempre terá um céu azul para alguém, basta apenas querer e
não ter pressa de vê-lo, as coisas mais belas não saem de fábricas, não podem
ser compradas; ou comercializadas, há uns que dizem que dinheiro traz felicidade,
outros dizem que não, sou dessa porcentagem que diz que dinheiro não traz
felicidade, pois aquela criança sorriu sem precisar possuir nada, ela apenas
resolveu observar ao seu redor percebendo que as coisas não eram tão cinzas, e
posso contar-lhe uma coisa, não era uma criança, pelo menos não fisicamente.
Digamos que todos nós temos um Peter Pan dentro de nós e
temos diferentes maneiras de libertá-lo.
By M. Rodri
Amei o texto.
ResponderExcluirMuito lindo
Sigo de volta
http://surejustnot.blogspot.com.br/
Eu achei tão... Bonito. Peço desculpas a pergunta,mas quem seria M. Rodri? Por que, fiquei curiosa...
ResponderExcluirBeijos linda
sombradosdezoito.blogspot.com
Amanda, a M. Rodri é a autora do texto e colaborado aqui do blog. Ela já se apresentou por aqui...
ResponderExcluirFico feliz que tenham gostado da estreia dela.
Voltem sempre.
Beijos.